domingo, 17 de outubro de 2010

Como parte da programação especial que celebra os 20 anos de criação da Orquestra Experimental de Repertório, seu maestro titular, Jamil Maluf, rege, dia 17, às 11h, no Auditório Ibirapuera, o concerto-cênico da ópera Pagliacci, de Ruggero Leoncavallo.
A apresentação recebe solistas, entre eles, Rubens Medina, Lina Mendes, Davi Marcondes, Leonardo Pace e Miguel Geraldi, além de integrantes dos Corais Lírico e Infantojuvenil da Escola Municipal de Música. A direção cênica é de João Malatian.
Com estreia em 1892, sob a regência do célebre maestro Arturo Toscanini, a ópera é considerada uma obra-prima do Verismo (corrente literária existente entre 1875 e 1895, na qual as obras se baseavam em fatos extraídos da vida real). Para escrever o libreto, o compositor se inspirou em um episódio vivenciado por ele mesmo, quando menino. Em 1865, durante a Festa da Assunção da Virgem Maria, Leoncavallo assistia a uma encenação de uma companhia ambulante de atores quando, durante o espetáculo, um membro do grupo foi assassinado pelo proprietário, que descobriu ser aquele amante de sua mulher.
Na ópera, o marido traído é Canio, também líder de uma trupe mambembe que se apresenta em uma cidadezinha. Por meios das intrigas provocadas por Tonio, o corcunda, ele descobre que sua mulher, Nedda, iria fugir com um aldeão. Mesmo corroído pelos ciúmes e pela indignação, Canio tem de se maquiar de palhaço para interpretar uma peça da commedia dell'arte que, ironicamente, reproduz no enredo a mesma situação de traição vivenciada por ele.
Com um desfecho trágico, Pagliacci é encerrada por uma das frases mais famosas do universo lírico: “La commedia è finita (A comédia acabou).”

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